Os brasileiros aguentam? O que diz a lei.
A Federação Gaúcha de Futebol pressiona a CBF para que interrompa integralmente os jogos do Campeonato Brasileiro, devido à tragédia ambiental inédita que o Estado do Rio Grande do Sul vem sofrendo em nome das equipes gaúchas que disputam o Série A – Grêmio, Internacional e Juvenil -, a federação estadual visa manter a igualdade da competição e evitar um calendário ainda mais rígido para as equipes. Saiba o que diz o regulamento de competições da CBF sobre a possibilidade de paralisação do Brasileirão. continuar a anunciar➡️ Siga Lance! no WhatsApp e acompanhe as notícias esportivas mais importantes em tempo real➡️Uma boa notícia do Lance! Apostas: duplicaremos o seu primeiro depósito, até R$200! Basta abrir sua conta! A CBF decidiu nesta semana adiar os jogos dos times gaúchos para o dia 27 deste mês, mas há pressão de clubes e da sociedade civil para a decisão de adiar todos os jogos da cobertura do Campeonato Brasileiro! . e até a Copa do Mundo do Brasil. A iniciativa tem como princípio a logística dos clubes, a questão psicológica dos atletas e também outros pontos relacionados como a reputação da entidade máxima do futebol do país. Há respaldo no regulamento do Brasileirão para que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o campeonato poderá ser suspenso ou paralisado devido a uma tragédia ambiental? O advogado especialista em Direito Desportivo do Ambiel Advogados, Felipe Crisafulli, explica que os regulamentos das competições organizadas pela entidade não tratam especificamente desse assunto. continua após publicidade Água tomar conta da Orla da cidade de Porto Alegre neste sábado 04/05/2024. Uma sucessão de fortes chuvas causadas por um evento climático extremo atingiu o estado do Rio Grande do Sul, causando enchentes e inundações, deixando pessoas desabrigadas e mortas em diversas cidades, deixando toda a região em estado de calamidade pública colocada. Foto: Maxi Franzoi/AGIF “O Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF não prevê suspensão ou paralisação de torneios por problemas climáticos, mesmo extremos, como os que vimos no Rio Grande do Sul na semana passada. . De qualquer forma, isso não deve impedir a CBF de tomar esse tipo de decisão se julgar justo e necessário”, acrescentou Crisafulli, porém, que no Regulamento Geral da Competição há cláusulas que permitem a modificação de cronograma e alterações. aos jogos, “por motivo de força maior”, mas não aborda a suspensão do campeonato como um todo. “Da mesma forma, o Regulamento Específico de Competições (REC) do Brasileirão Série A 2024, em seu artigo 35, parágrafo 2º, estabelece que as datas e tabelas poderão sofrer alterações por motivos de força maior, pandemia ou motivos excepcionais, mas também não mencionam os suspensão da própria competição”, pensou continuar a propaganda. Nesse caso a CBF ainda pode alterar a tabela e, portanto, suspender o Brasileirão. A alternativa permite alterar o calendário, transferir os jogos para as semanas ou meses seguintes, apenas com a condição de avisar os clubes e federações estaduais por meio de sua Diretoria de Competições (DCO). “Definitivamente haverá problemas com datas para acomodar os jogos; por outro lado, existe um possível desequilíbrio técnico, além de impossibilidades práticas, até mesmo de acesso e deslocamento, que deverá ser observado pela CBF caso em determinado momento decida suspender temporariamente o campeonato e adiar determinadas partidas, sempre pensando em alternativas para os clubes do Rio Grande do Sul e da melhor forma afetar o mínimo possível o produto do futebol brasileiro, incluindo atividades econômicas de repercussão e importância nacional e internacional", diz Crisafulli E a Libertadores e Sul-Americana? De qualquer forma, como acontece no âmbito nacional, nem o manual do clube Libertadores nem o manual do clube Sul-Americana prevêem a possibilidade de paralisação das competições. “Mesmo assim, os Manuais oferecem a possibilidade de a entidade alterar os dias e horários das partidas sempre que julgar necessário”, finalizou o especialista em Direito Desportivo Felipe Crisafulli é advogado especialista em Direito Desportivo, membro da OAB/SP e da Seleção Brasileira Instituto de Direito Desportivo (IBDD). Também é professor de Direito Desportivo e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Coimbra (Portugal) Tudo sobre o Brasil Campeonato BrasileiroCBFCopa do BrasilEnchentesFutebol BrasileiroRio Grande do Sul