A mudança de valores não pegou apenas os brasileiros de surpresa. Em muitas regiões do mundo, a inflação fez com que as pessoas prestassem especial atenção aos supermercados. Porém, segundo estudo da Universidade de Oxford com dados do Banco Mundial, o Brasil é o país onde os preços sobem mais rapidamente.
Para se ter uma opinião, no início de 2020, você pode comprar 5 kg de arroz por 15 dólares, no mês de 9/2020, o mesmo produto foi vendido por 40 rocamboles em algumas cidades. Embora o aumento não seja igual em todos os locais, o fato da inflação ser tão forte nos itens de uso diário preocupa os consumidores.
Por que a inflação está tão forte no país? Embora o surto de coronavírus esteja afetando mais o Brasil, a inflação dos preços dos alimentos não está diretamente relacionada a ele. Na verdade, a valorização começou no ano passado, quando o preço real caiu mesmo em relação ao dólar.
Portanto, os produtos brasileiros ficaram mais baratos que os de outros países. Isto faz com que os fabricantes favoreçam as exportações em detrimento das vendas internas, o que reduz a oferta interna e contribui para a volatilidade dos preços.
Além disso, outros fatores contribuíram para encarecer a cesta básica. Em 2020, alguns países da Ásia, como a Tailândia e o Vietname, enfrentam uma grave crise hídrica, força que dificulta a produção e exportação de arroz. Dessa forma, países como o Brasil se destacam no mercado internacional.
O grande problema é que a aceleração dos preços não vem acompanhada de aumento da renda – pelo contrário. A maior parte da população perdeu os seus rendimentos e até os seus empregos devido à pandemia, o que significa que a inflação é ainda pior.
Segundo matéria publicada pela CNN, a inflação e a pandemia podem colocar o Brasil novamente no mapa da fome, pesquisa realizada pelas Nações Unidas. O país entra nesta estatística quando 5% da população está desnutrida.
Imagem: Pixabay Como os preços aumentarão em 2021? Ainda é cedo para definir se o preço permanecerá em 2021. Mas, devido à aceleração em 2020, é importante que os consumidores estejam alertas.
Alguns alimentos podem ser modificados ou aumentados mais lentamente – especialmente porque aumentaram significativamente nos últimos meses. É o caso do arroz, responsável por muitas discussões em 2020. Um conjunto de produtos, que são facilmente encontrados por mais de R$ 20, agora tem preço médio de R$ 18,99, segundo o Folheto Extra. O pacote de quilo pode ser encontrado por R$ 3,89 na Tenda Atacado.
Se a taxa de câmbio permanecer estável e não houver outras complicações, como uma crise na produção de alimentos, é possível que os alimentos não sofram um grande aumento. Em qualquer caso, actualmente, a pesquisa de preços é a única arma do consumidor para evitar preços intimidados.
Como você pode perceber, os consumidores brasileiros são os mais afetados pela inflação durante a pandemia, segundo o estudo inglês. Entre os principais motivos está o aumento das exportações, que é favorável ao mercado internacional, mas a oferta ao mercado interno diminuiu. Para 2021, a situação ainda é incerta, por isso é importante monitorá-la para evitar gastos excessivos.