Temos uma enorme responsabilidade como organizações – e isso reflete-se nas inovações que procuramos implementar, como melhorar a eficiência, reduzir custos, garantir que os produtos e serviços se alinham com o indivíduo, melhorar a experiência do cliente e criar novas oportunidades de negócio. Isso mesmo: a tecnologia traz todos esses benefícios. No entanto, há também outra dimensão: o compromisso contínuo das empresas em proteger a informação – especialmente informação sensível e confidencial – legalmente, para garantir a confiança do público nessa informação e mantê-la segura num mundo cada vez mais digital.
Esta é uma tarefa difícil, mas importante. Portanto, delinearei quatro grandes desafios e estratégias para superá-los.
As taxas de crimes cibernéticos no Brasil aumentaram significativamente este ano (Imagem: Graphic and Photo Stocker/Shutterstock) Crimes cibernéticos Segundo pesquisa da Check Point Research, o número de ataques cibernéticos aumentou 30% no segundo semestre deste ano, em comparação com o ano 1990). em primeiro lugar. No Brasil, esse número chegou a 67%, o equivalente a mais de 2.700 ataques por semana.
Para se protegerem contra essas ameaças, as empresas devem se concentrar na proteção contra ransomware, que é um malware usado para sequestrar dados digitais, sendo essa uma das principais táticas dos criminosos. A prevenção ocorre em dois níveis: técnico e humano. Do lado da tecnologia, é importante manter os backups atualizados, aplicar patches de segurança regularmente e implementar a autenticação multifator. No aspecto humano, criar uma cultura online segura e treinar os funcionários para reconhecer e evitar links e e-mails suspeitos são iniciativas importantes.
Segurança de dispositivos IoT Com o aumento da automação, os dispositivos da Internet das Coisas (IoT) também se tornaram vulneráveis a ameaças. De acordo com a pesquisa da Gartner, até 2025, 75% dos ataques IoT serão direcionados às organizações, destacando a necessidade urgente de reforçar a segurança nesta área.
Para mitigar estes riscos, as empresas devem investir na segmentação da rede para isolar dispositivos críticos, monitorizar continuamente o fluxo de tráfego e garantir que todos os dispositivos combinados cumprem as normas de segurança. E claro: é importante implementar controlos de acesso robustos com fortes capacidades de autenticação e garantir que o software esteja sempre atualizado, reduzindo assim os riscos.
A segurança deve estar atenta não apenas às ameaças, mas também à conformidade regulatória (Imagem: Skorzewiak/Shutterstock) Conformidade O cumprimento de regulamentações, como a Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), vai além de uma simples exigência legal: uma afeta todos os aspectos da coleta, armazenamento e uso de dados dentro da empresa.
A revisão das políticas de segurança é o primeiro passo. Antes de implementar um novo sistema de proteção de dados, é necessário definir claramente quem deverá ter acesso aos dados, como esses dados serão utilizados e quais serão as consequências.
Além disso, também é importante nomear um Encarregado de Proteção de Dados (DPO), conforme exige a LGPD. Embora as pequenas empresas não sejam obrigadas a ter este funcionário, a sua presença torna-se um requisito de conformidade cada vez mais importante e protege a reputação da organização.
Adotar IA também requer cautela (Imagem: MUNGKHOOD STUDIO/Shutterstock) Definindo regulamentos de uso de IA A indústria de IA deverá atingir US$ 1,3 trilhão até 2032, de acordo com a Bloomberg Intelligence (BI). A utilização deste método requer cuidados para evitar riscos éticos e de privacidade.
As empresas precisam monitorar os dados que a IA utiliza e garantir que esses sistemas sejam construídos apenas com os dados corretos. Essa preocupação é proteger a confidencialidade das informações e evitar preconceitos que possam levar à discriminação. O uso de padrões éticos e éticos pode ajudar as empresas a garantir que o uso da IA esteja em conformidade com os padrões éticos e de segurança.
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Em última análise, a segurança digital não se trata apenas de “salvar o dia” com a tecnologia, mas de transformar a inovação em responsabilidade para aqueles que podem geri-la.